sábado, 13 de dezembro de 2014
terça-feira, 18 de novembro de 2014
Gaston Bachelard em A Poética do Devaneio
"Ainda existem almas para as quais o amor é o contato de duas poesias, a fusão de dois devaneios"
segunda-feira, 3 de novembro de 2014
OEconomia divina (Czesław Miłosz)
Tradução de Henryk Siewierski
e Marcelo Paiva de Souza
Não achei que viveria momento tão singular.
Quando o Deus dos trovões e cumes rochosos,
O Senhor dos Exércitos, Kyrios Sabaoth,
Humilhasse mais duramente os homens,
Permitindo que agissem como bem quisessem,
Deixando-lhes as conclusões e não dizendo nada.
O espetáculo não lembrava, com efeito,
O ciclo de séculos das tragédias da realeza.
Estradas sobre vigas de concreto, cidades de vidro e ferro fundido,
Aeroportos inda maiores que territórios tribais
De súbito careceram de fundamento e ruíram.
Não em sonho, mas à luz do dia, porque amputados de si
Duravam como só dura o que não deveria durar.
Das árvores, pedras do campo, até dos limões na mesa
Fugiu toda a matéria e seu espectro
Não era mais que o vazio, fumaça numa película.
Deserdado dos objetos pululava o espaço.
Toda parte era parte alguma e parte alguma, toda parte.
As letras dos livros se apagavam, vacilavam e sumiam.
A mão não lograva traçar o signo da palmeira, o signo do rio, nem o signo do íbis.
Num alarido de muitas línguas era anunciada a morte da palavra.
O lamento era proibido, porque só lamentava a si mesmo.
Acometidas de inexplicável tormento as pessoas
Despiam-se nas praças, para que sua nudez intimasse o juízo.
Mas em vão ansiavam por horror, piedade e fúria.
Pouco fundamentados
Eram o trabalho e o descanso
E o rosto e os cabelos e os quadris
E toda e qualquer existência.
quarta-feira, 22 de outubro de 2014
A.M.
Ainda há pouco,
com o dedo em riste,
apontava adiante,
dizendo aos errantes:
ali está a noite!
Vamos em frente!
Adentremos sem hesitar,
ali brilham as luzes,
são risos e festas,
ali está a noite,
sigamos; adiante!
Que ironia! Ah, a ironia...
Mal começa a madrugada,
e me pergunto constantemente,
repleto dessa beleza,
que possuo e que me possui,
recém-saída do forno, e do molde,
cheio de força, de vida;
Como poderei amar-te,
se ainda não estás aqui,
a sentir a madrugada,
se é dia, ainda,
se o entardecer demorará
pra ti?
Como posso ser aquele
que gritava o caminho,
a lamentar a lentidão
dos passos, a cegueira...
A noite está adiante, sigamos,
como posso pedir que venhas,
antes de seu tempo?
Seu~Tempo...
Se ainda contemplas as flores,
abertas, e coloridas,
ou se ainda nem isso,
se ainda se entedias com as árvores,
com os morros e montanhas,
e pedras, sempre ali,
a fazer seu existir existir...
A noite está adiante,
a madrugada nos entorpecerá em breve,
sigamos, adiante...
Não! me perdoe;
não será de mim
que ouvirás o convite,
não será da minha boca
que sentirás o instante mágico,
a sugar-lhe a vida, e a saliva,
não te indicarei o caminho,
ele não existe!
Por ora, ele não existe...
Acredite, existem pessoas
às quais os dias não acabam nunca!
Viverão todas as suas horas ao sol,
ao azul do céu... Não venhas!
Aqui é noite,
é madrugada,
ouvem-se os risos e
o crepitar das luzes,
são festas...
terça-feira, 14 de outubro de 2014
quarta-feira, 3 de setembro de 2014
sexta-feira, 25 de julho de 2014
quinta-feira, 24 de julho de 2014
quarta-feira, 11 de junho de 2014
domingo, 8 de junho de 2014
sábado, 7 de junho de 2014
quinta-feira, 5 de junho de 2014
quarta-feira, 28 de maio de 2014
terça-feira, 20 de maio de 2014
segunda-feira, 12 de maio de 2014
segunda-feira, 5 de maio de 2014
segunda-feira, 28 de abril de 2014
domingo, 20 de abril de 2014
Identidade
Zói~é ("Zi~u")
Verdes da mata-verde prenha
Há mar, e há mares,
há paz e há tormentas
A terra, vermelha;
terra-preta e flores
d´agua doce, rios;
O Sol do meio-dia
O Sol no azul-celeste.
A Lua passeia, e reina;
O olho, do céu noturno,
estrelado, estrelado;
Há um gozo nisso tudo,
do azeite, dô vinho,
nas coisas da natureza;
no seu; céu;
no nosso; chão.
Chuva chuva
Verdes da mata-verde prenha
Há mar, e há mares,
há paz e há tormentas
A terra, vermelha;
terra-preta e flores
d´agua doce, rios;
O Sol do meio-dia
O Sol no azul-celeste.
A Lua passeia, e reina;
O olho, do céu noturno,
estrelado, estrelado;
Há um gozo nisso tudo,
do azeite, dô vinho,
nas coisas da natureza;
no seu; céu;
no nosso; chão.
Chuva chuva
terça-feira, 15 de abril de 2014
sábado, 12 de abril de 2014
quarta-feira, 26 de março de 2014
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014
sábado, 1 de fevereiro de 2014
quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
quinta-feira, 16 de janeiro de 2014
segunda-feira, 13 de janeiro de 2014
domingo, 5 de janeiro de 2014
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